Uma profissional que eu sempre via todas as tardes e manhãs era o acendedor. Todo dia pela manhã e pela tarde vinha uma pessoa com uma vara enorme com um gancho na ponta. Esse gancho era usado para ligar a rede elétrica que iluminava as ruas durante a noite. Ante de se colocar a rede elétrica, com os postes de energia, já existia a figura do acendedor, mas ele acendia lampiões a querosene.
A tecnologia extinguiu a profissão
A passagem do uso de lampiões, a querosene, para rede elétrica proporcionou uma queda no número de acendedores. Para iluminar as ruas era obrigatório ir em cada lampião para acender a chama e com a substituição pela rede elétrica foram colocadas lâmpadas em cada poste. Uma única chave ligava todas a lâmpadas da rua, ou seja, o profissional não precisava mais se deslocar de poste em poste e apenas ir até a chave em cada rua.
Até a década de oitenta ainda existia alguns deste nas antigas ruas da cidade. Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande ( Facebook) |
Os inconvenientes
Nos dias de chuva forte tinha o inconveniente que de vez em quando faltar energia ou mesmo somente a parte da rede elétrica responsável pela iluminação pública se desligar, mas como o acendedor só vinha ligar depois da chuva, a pessoa ficava nos escuro durante o decorrer da chuva. Nesta época as pessoas guardavam o famoso candeeiro justamente para essas ocasiões.
Outro inconveniente era quando o responsável de ligar a iluminação tomava umas e outras (se embriagava).
Na rua onde eu morava, a iluminação não demorava a voltar, mas por que entre os moradores tinha Seu (Sr.) Marinho e dois filhos que trabalhavam como eletricistas e eles sempre se encarregavam de deixar a rua sempre iluminada e vez por outra restabeleciam a volta de energia em casa de moradores por ocasião de algum problema.
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Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)
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