quinta-feira, 5 de outubro de 2023

A Feira de Itabaiana IV : A Feira dos Manuês

 Essa feira tinha esse nome por ser o único local onde se vendia Manuês , mas se vendia de tudo relacionando ao bom café da manhã com iguarias nordestinas, tais como: cuscuz, macaxeira, inhame com carne de sol, pé-de-moleque, beijus, etc.


Era nessa feita onde a grande maioria dos vendedores, de outras mercadorias, costumava comprar o café da manhã. Tinha a vantagem de ser um serviço personalizado, de pronta entrega para os clientes costumas e era comum o café da manhã ser levado até a banca do vendedor cliente.

Não existia as atuais formas de bolo redonda de alumínio com o bico no meio. As formas eram latas de goiabadas ou bananadas reaproveitadas.

Embora manuês tenha um sentido dicionarizado de significar Bolo de Milho ou Bolo de Mandioca, as pessoas sempre diziam que iam comprar manuês de
milho, arroz, macaxeira e puba. Os manuês de milho eram feito de milho e coco ralado que davam um sabor especial bem diferente dos atuais bolos feitos de massa de milho moído.
Essas bandejas de alumínio eram utilizadas para acondicionar os manuês de milho e de arroz. Eram vendidos os pedaços e era comum encontrar garotos vendendo os manuês andando pelas feiras e nos dias que não existiam as feiras eles iam vender em locais de aglomerações de pessoas (muito comum em campos de peladas da época). A bandeja maior era (ainda é) muito utilizada para venda de quebra-queixo.

Durante um período essa feira foi invadida por uma espécie de abelha (era chamada abelha do doce) que os vendedores diziam serem mansa e não davam ferroadas. Era o que eles diziam, mas levei uma ferroada por ocasião da compra de um manuê de milho e passei a evitar essa feira enquanto durou a praga destas abelhas.

Era comum encontrar abelhas, semelhantes as da fotografia, pousando nos doces bolos  da feira. Além do perigo de tomar um ferroada, tinha o caso da falta de  higiene.

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