domingo, 30 de julho de 2023

O CARTÃO POSTAL

 Sempre que visitamos alguma cidade, uma das coisas que olharmos é a entrada principal da cidade. Mas estranhamente a grande maioria das cidades descuidam de sua(s) entradas e muitas tem pelo menos a preocupação de montar alguma coisa dando as boas vindas as que estão chegando de visita e desejando boa viagem aos que estão saindo. Em muitos casos, a entrada da cidade, é o cartão postal principal da cidade..


Quando visito minha terra natal, fico feliz que finalmente as autoridades e munícipes resolveram colocar uma entrada digna para a cidade e com um cartão postal mais digno.

Pórtico na atual entrada da cidade, mas que já não tão entrada da cidade.
Quando os visitante chega, a esse local, já percorreu mais de um quilômetro
 de área urbana.
Hoje a entrada principal, da cidade, é feita pela Av. Dr. Luiz Magalhães. Mas na minha adolescência, a entrada era pela Avenida Manoel Francisco Teles, depois entrava pela Rua Quintino Bocaiuva, passando pelo lado do CEMB (Colégio Estadual Murilo Braga) e ia
em direção a Praça dos Taxis (atual Praça João Pessoa). Na época, uma rua sem pavimentação da entrada do CEMB até sair da cidade e entrado na BR 235.

Na década de 80 (século XX), a pavimentação a
paralelepípedo chegava somente até este local
Depois do falecimento do meu pai fui residir no Conjunto General João Pereira, que fica ao lado da Av. Magalhães , que nesse período ainda não era pavimentada e o acesso das marinetes (ônibus) para entrar e sair, da cidade, ainda era feito pela antiga entrada.

Com minha aprovação no vestibular, fui morar na Cidade de Aracaju (capital do Estado de Sergipe) e como estava morando praticamente na saída da cidade, eu pegava o transporte, para a universidade, fora da cidade.

Durante algum tempo, na universidade, as conversas era mais com pessoas conhecidas e com o decorrer do tempo o ciclo de amizades foi adicionado de novas pessoas. Mas era comum essas pessoas se referirem que ao entrar em Itabaiana se espantavam com o Cartão Postal de boas vindas, ficavam rindo e nunca me contavam de que cartão se tratava!

Nesta época, eu vendia na feira aos sábados. Todos os finais de semana tinha a obrigação de vim para armar a banca para o trabalho durante o sábado, mas em certo dia tive vir diretamente de Aracaju para a feira (desci na Praça dos Taxis) e foi que descobri o tal cartão postal que os novos conhecidos faziam referência .

Ao entrar na cidade e se aproximando da área urbana, na antiga entrada, existiam vários prostíbulos, mas não eram os prostíbulos o cartão postal e sim o fato das prostitutas, logo ao amanhecer, tomarem banhos nos quintais (não existiam muros) usando a fantasia de Eva. Dentro do ônibus era um barulho devido os comentários da visão das Evas no paraíso!

Pouco tempo depois o juiz da cidade proibiu o funcionamento destes prostíbulos, no,local, e coincidentemente houve mudança da entrada principal da cidade. As marinetes, ao entrar e sair da cidade, passaram a circular pela Av. Dr. Luiz Magalhães.

Neste trecho se concentrava algumas casa que eram prostíbulos. Existiam muitos
terrenos baldios e em consequência se conseguia ver os fundos
 quando se passava pela rua.

Texto original : OS CEBOLEIROS

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