quarta-feira, 7 de junho de 2023

Os Cebolas, Os Tanques e as Lagoas VI

 O Tanquinho



tanquinho.jpgEm Itabaiana existiam muitos campos de peladas (Futebol Soçaite) e era comum garotos moradores de um região da cidade irem jogar com outros garotos em outras regiões.

Um domingo pela manhã, a turma da minha rua, fomos convidados para jogar em um campo chamado Mangueirão. O campo ficava em área considerada rural, cercado de mangueiras e no lado direito, sentido sul norte, passava uma estrada que levava até o Açude Novo. Passei a utilizar essa estrada par ir fazer minhas pescarias.

Dia chuvoso, o campo com algumas poças d’água e muita lama. Ambiente perfeito para uma pelada cheia de brincadeira onde o que menos importava era justamente a prática de futebol. Na hora de irmos embora estávamos todos emporcalhados pela lama! Foi quando um dos garotos, morador da região, nos convidou para tomar um banho no Tanquinho!
- Fica onde?
Aqui! Do lado do campo.


O Tanquinho ficava bem ao lado do campo e a pessoas só percebia a existência se atravessasse a estrada, pulasse uma cerca com apenas dois arames, passasse por um pequeno elevado de areia de malhada, coberto por arbustos de Jurubeba e Marmeleiros. Uma lagoa que a primeira impressão era um grande buraco cavado (em torno de 60 metros de diâmetro). Ficava em um terreno plano e terrenos planos não são locais ideais para construção de lagoas! A areia retirada foi jogada no lado oeste (formava o pequeno elevado de areia) e no lado leste tinha algumas casas, todas de taipa, construídas com frentes viradas para a lagoa. Um fato interessante e raro, pela proximidade da rua (área urbana) era que não existiam esgotos correndo para dentro da lagoa! O Acesso, sem pular a cerca, era por uma estrada vicinal, que olhando da estrada principal se via as casas e não via o Tanquinho. Ficou a impressão que o tanque foi construído, de uma maneira tal , par não ser visto por quem passasse pela estrada!

Hoje, com o crescimento da Área Urbana, não saberia informar a localização exata deste tanque (foi aterrado), lembro que ficava localizado na parte norte da cidade, distando uns seiscentos metros da Igreja matriz.

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