Tudo tem sua fase de áurea e modismo. Durante a minha adolescência não foi diferente! Nesta época pegou a febre de se construir piscina! Era a maneira de mostrar o status e se dizer na onda!.
As pessoas as vezes viajavam dezenas de quilômetros para irem curtir essas piscinas coletivas, geralmente em locais turísticos, e tinha os que tinham poder aquisitivo que construíam suas próprias piscinas (dava mais status). Na época um luxo para poucos curtirem, mesmo nas piscinas coletivas. Entre essas piscinas coletivas, a mais conhecida ficava na Cidade de Salgado (SE). Mas falaremos da famosa Piscina da Serra (Itabaiana-SE) no final da década de 70 e início da década de 80 do século XX.
A piscina
Na realidade um reservatório de água para irrigação em uma propriedade para produção de hortaliças! A água que abastecia essa piscina, de primeiríssima qualidade, saia de um olho dágua (minador) dentro das rochas, descia por uma bica, caia dentro da piscina, depois sai por uma outra bica, pelo outro lado e descia irrigando toda a propriedade. Um perfeito projeto de irrigação onde a água se deslocava pela força da gravidade.
A piscina, na realidade uma caixa d'água de cimento, media aproximadamente cinco metros por cinco, era revestida por tinta de cor azul, o que tornava as paredes de cimento impermeáveis.
O itinerário
Para se chegar até a chamada Piscina da Serra, tínhamos várias opções: a) pela estrada do Povoado Lagamar; b) a estrada que passava pela Fazenda Grande (muitos chamava Campo do Governo); c) ir pela BR-235 e depois entrava a esquerda em uma estrada de barro batido.
As pessoas as vezes viajavam dezenas de quilômetros para irem curtir essas piscinas coletivas, geralmente em locais turísticos, e tinha os que tinham poder aquisitivo que construíam suas próprias piscinas (dava mais status). Na época um luxo para poucos curtirem, mesmo nas piscinas coletivas. Entre essas piscinas coletivas, a mais conhecida ficava na Cidade de Salgado (SE). Mas falaremos da famosa Piscina da Serra (Itabaiana-SE) no final da década de 70 e início da década de 80 do século XX.
A piscina
Na realidade um reservatório de água para irrigação em uma propriedade para produção de hortaliças! A água que abastecia essa piscina, de primeiríssima qualidade, saia de um olho dágua (minador) dentro das rochas, descia por uma bica, caia dentro da piscina, depois sai por uma outra bica, pelo outro lado e descia irrigando toda a propriedade. Um perfeito projeto de irrigação onde a água se deslocava pela força da gravidade.
A piscina, na realidade uma caixa d'água de cimento, media aproximadamente cinco metros por cinco, era revestida por tinta de cor azul, o que tornava as paredes de cimento impermeáveis.
O itinerário
Para se chegar até a chamada Piscina da Serra, tínhamos várias opções: a) pela estrada do Povoado Lagamar; b) a estrada que passava pela Fazenda Grande (muitos chamava Campo do Governo); c) ir pela BR-235 e depois entrava a esquerda em uma estrada de barro batido.
Em todas essas opções tinha de se passar pelo Povoado Serra, logo depois se passava por uma curva fechada, depois uma pequena ponte de madeira e depois era só subida por uma estrada piçarrada.
A ideia do banho
Certa vez em conversa, com um grupo de colegas adolescente, tivemos a ideia de ir de bicicleta até referida piscina. Segundo alguns dos presentes era uma maravilha de banho. Lá se vai uns vinte adolescentes, todos de bicicleta, em direção a serra, aproveitar o que seria a maravilha de qualidade em termo de banho. Diziam, alguns componentes do grupo, que era um banho de água mineral!
A primeira visita
A ideia surgiu durante a semana, em uma tarde de quarta-feira, quando estava eu e alguns colegas batendo uma pelada (jogando bola) no “Campinho do Baltasar”, quando se comentou da maravilha do banho na piscina da serra e uns dos indivíduos levantou a questão: se não “queríamos” (gostaríamos de) ir tomar banho na Piscina da Serra? Discussão vai e discussão vem, resolvemos ir ao referido banho. Fomos todos de bicicleta e seguimos a viagem pela estrada do Povoado Lagamar.
Durante o percusso foi logo avisado que a piscina era funda (tinha três metros de profundidade) e aqueles que não soubessem nadar não seria aconselhável pular dentro da mesma. Entre os participantes do grupo tinha um que era carioca (estava de férias na cidade) e se chamava Paulo. Ao chegarmos ao nosso destino, esse Paulo vendo a piscina com uma água cristalina, nem sequer ficou de roupa de banho, pulou na água com toda a roupa, gritando: olha só essa piscina é rasa! O problema é que ele não sabia nadar e descobriu que água cristalina funciona como uma lente de aumento e dá a impressão que a folha d'água é menor que a realidade.
Eu e mais um colega tivemos que pular para prestar socorro e não tivemos tempo de ficar de roupa de banho! Não precisa dizer que, o trio ternura, foram os únicos a voltar pra casa com toda a roupa molhada.
A Segunda visita
Mesmo antes do retorno da primeira visita fomos logo marcando uma segunda visita, só que desta feita resolvemos ir no domingo pela manhã. Nesta segunda visita, o número de componentes aumentou e o itinerário foi mudado. Resolvemos ir pela estrada da chamada Fazenda Grande, que chegando próximo ao Povoado Bom Jardim tinha um entroncamento, entramos a direita em direção ao Povoado Serra.
O Fato inusitado ocorrido nesta segunda viagem ocorreu no retorno. Como todos íamos de bicicleta e na volta era descida (na realidade estávamos descendo da Serra), tinha um desses ciclistas (de apelido Vavau) que a bicicleta não tinha freios. Quando nos aproximávamos da ponte próximo ao Povoado Serra (lembrar que logo depois da ponte tinha uma curva fechada), o Vavau gritou: nenem (era meu apelido) não pare na ponte viu? Como só escutei somente o meu apelido, eu resolvi parar para perguntar o que ele estava dizendo e parei justamente na ponte!
Lembrar que a bicicleta do Vavau não tinha freios, frenava com o tênis (um Conga) e não podia frenar de vez, ele teve de passar na ponte pelo meu lado e na curva, com a bicicleta em alta velocidade, certamente derraparia! O mesmo pulou da bicicleta e ficou segurando a mesma pelo guidom. Só que ele foi deslizando com o tênis na piçarra e ainda entrou no valado se arranhando um pouco na macambira! Ainda hoje ele reclama pelo fato que eu parei justamente em cima da ponte! Certamente se tivesse ficado calado eu teria passado acompanhando os demais!
A ideia do banho
Certa vez em conversa, com um grupo de colegas adolescente, tivemos a ideia de ir de bicicleta até referida piscina. Segundo alguns dos presentes era uma maravilha de banho. Lá se vai uns vinte adolescentes, todos de bicicleta, em direção a serra, aproveitar o que seria a maravilha de qualidade em termo de banho. Diziam, alguns componentes do grupo, que era um banho de água mineral!
A primeira visita
A ideia surgiu durante a semana, em uma tarde de quarta-feira, quando estava eu e alguns colegas batendo uma pelada (jogando bola) no “Campinho do Baltasar”, quando se comentou da maravilha do banho na piscina da serra e uns dos indivíduos levantou a questão: se não “queríamos” (gostaríamos de) ir tomar banho na Piscina da Serra? Discussão vai e discussão vem, resolvemos ir ao referido banho. Fomos todos de bicicleta e seguimos a viagem pela estrada do Povoado Lagamar.
Durante o percusso foi logo avisado que a piscina era funda (tinha três metros de profundidade) e aqueles que não soubessem nadar não seria aconselhável pular dentro da mesma. Entre os participantes do grupo tinha um que era carioca (estava de férias na cidade) e se chamava Paulo. Ao chegarmos ao nosso destino, esse Paulo vendo a piscina com uma água cristalina, nem sequer ficou de roupa de banho, pulou na água com toda a roupa, gritando: olha só essa piscina é rasa! O problema é que ele não sabia nadar e descobriu que água cristalina funciona como uma lente de aumento e dá a impressão que a folha d'água é menor que a realidade.
Eu e mais um colega tivemos que pular para prestar socorro e não tivemos tempo de ficar de roupa de banho! Não precisa dizer que, o trio ternura, foram os únicos a voltar pra casa com toda a roupa molhada.
A Segunda visita
Mesmo antes do retorno da primeira visita fomos logo marcando uma segunda visita, só que desta feita resolvemos ir no domingo pela manhã. Nesta segunda visita, o número de componentes aumentou e o itinerário foi mudado. Resolvemos ir pela estrada da chamada Fazenda Grande, que chegando próximo ao Povoado Bom Jardim tinha um entroncamento, entramos a direita em direção ao Povoado Serra.
O Fato inusitado ocorrido nesta segunda viagem ocorreu no retorno. Como todos íamos de bicicleta e na volta era descida (na realidade estávamos descendo da Serra), tinha um desses ciclistas (de apelido Vavau) que a bicicleta não tinha freios. Quando nos aproximávamos da ponte próximo ao Povoado Serra (lembrar que logo depois da ponte tinha uma curva fechada), o Vavau gritou: nenem (era meu apelido) não pare na ponte viu? Como só escutei somente o meu apelido, eu resolvi parar para perguntar o que ele estava dizendo e parei justamente na ponte!
Lembrar que a bicicleta do Vavau não tinha freios, frenava com o tênis (um Conga) e não podia frenar de vez, ele teve de passar na ponte pelo meu lado e na curva, com a bicicleta em alta velocidade, certamente derraparia! O mesmo pulou da bicicleta e ficou segurando a mesma pelo guidom. Só que ele foi deslizando com o tênis na piçarra e ainda entrou no valado se arranhando um pouco na macambira! Ainda hoje ele reclama pelo fato que eu parei justamente em cima da ponte! Certamente se tivesse ficado calado eu teria passado acompanhando os demais!
Antônio Carlos Vieira
Licenciatura Plena - Geografia (UFS)
Texto original : OS CEBOLEIROS
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