sábado, 4 de junho de 2011

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO


O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios
mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas,
mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos
menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas
menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais
conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência,
porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária,
rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito
facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados
demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo
demais diante da TV e raramente oramos.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita
freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa
vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida
à extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas
temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com
nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.
Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar,
mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos
preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos
mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com
paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.
Temos mais comida, mas menos paz. Construímos mais
computadores para armazenar mais informações para produzir mais
cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos
avanços na quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de
homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas
relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz
mundial, mas perdura a guerra no lares; temos mais lazer, mas
menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos
nutrição. São dias de duas fontes de renda, mas de mais
divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade
também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do
peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque;
É um tempo de muita religião e pouca comunhão com o Criador.

desconheço a autoria



TEXTO RETIRDO NO BLOG: Adson do SENAC

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