O amigo e colega Professor Péricles é lá do extremo sul do Brasil. Da conhecidíssima Porto Alegre (RS), um Estado abençoado com uma cultura rica e única.
Formado em Ciências Sociais com licenciatura em história. Um extraordinário conhecimento adquirido com a experiência de estar lecionando história a quase 30 anos (trabalhando todas as áreas: Brasil, Geral, Rio Grande do Sul).
Apesar da distância, nos tornamos amigos devido a proximidade criada pela tecnologia da internet.
Temos em comum a profissão de professor da área de Ciência Humanas. Eu sendo professor de Geografia e ele professor de História. Coincidentemente, escolhemos o mesmo modelo para nossos blogs e que pode ser visto neste endereço: http://www.profpericles.blogspot.com.br/
Como todo brasileiro, é um apaixonado pelo futebol e gremistas roxo.
Ideologicamente se define como anarquista.
Seu grande sonho é ver uma sociedade mais justa, mais fraterna e menos competitiva e excludente.
Ainda não li todos os textos do professor Péricles (a grande maioria de autoria do próprio), mas certamente chegarei até lá. Pelos poucos textos que li foi perceptível um com vocabulário de simples entendimento, leitura de fácil análise e de conclusões pertinentes. Para visitar o blog do Professor Péricles:
Vou encerrar a apresentação utilizando as próprias palavras do professor:
Por enquanto, deixo vocês com “FOGO, AMOR E OUTRAS REVOLUÇÕES ”, de autoria de meu amigo.Além disso, nós dois estendemos nosso olhar sobre a paisagem política de nosso tempo com aquela ânsia de vermos se consolidar no Brasil, uma sociedade mais justa e mais fraterna.Diriam os conservadores como somos de “esquerda”. Mas discordo. Somos sonhadores e sonhadores não se rotulam pelo lado que olha, pois, todo olhar de sonhador sai assim, de revesgueio e navega livremente, pois é livre o olhar de quem ousa sonhar.Somos amantes inveterados de nossa respectiva terra mãe. Eu apaixonado por minha Porto Alegre, ele, encantado por sua Itabaiana de seres e contos mágicos.Não somos irmãos de carne, mas somos irmãos em esperança. Esperança num mundo de inclusão, de oportunidades, de igualdades e de progresso.Entendemos que, enquanto Estado se define por território e soberania, pátria se define por povo, e é esse povo mais humilde que é a nossa pátria.Por isso, peço a todos os meus amigos, leitores, alunos, companheiros. A todos os que navegam pelo nosso humilde Blog que, conheçam também o Blog de meu colega.Tenho certeza que você irá gostar, e muito, dos textos que tem por aquelas bandas virtuais. Muitos de autoria do próprio e outros de textos selecionados de outros autores. (prof. Péricles)
Uma boa leitura:
Quando o homem descobriu o fogo, descobriu também uma arma, além de uma forma de tornar as noites geladas mais quentes.
E nunca mais parou de descobrir.
Foi o fogo que fez com que os indivíduos e indivíduas dos grupos sentassem lado a lado para se aquecer. Descobriram a prosa, e provavelmente, também foi quando nasceu a mentira.
Não precisar ficar olhando para todos os lados para não ser surpreendido pelos predadores (os animais temiam o fogo) permitiu que ele olhasse outras coisas, como a menina ao lado.
Foi quando nasceu o namoro.
Sem medo de surpresas indivíduo e indivídua puderam se dedicar a um sexo mais elaborado, abandonando a velha rapidinha e nesse fogo foi possível sobreviver a era glacial.
Sem dúvida o fogo foi revolucionário. A primeira grande revolução humana.
Quando o homem inventou a roda, inventou também outras coisas que vieram juntas.
E nunca mais parou de inventar.
O menor esforço para levar pesos a longas distâncias possibilitou o surgimento da pressa, e, em pouco tempo havia uma disputa entre os indivíduos de quem fazia a melhor e mais competente roda para impressionar as indivíduas.
Nasceu assim a ostentação e o Magal sem som, porque o rádio ainda levaria um tempo para ser inventado.
A descoberta da agricultura foi a segunda grande revolução humana.
Produzir o próprio alimento tornava o homem um produtor, o único do ecossistema planetário e superior aos demais animais eternamente dependentes da caça e da coleta.
O homem deixou de ser dependente do meio para virar um transformador do meio.
E nunca mais deixou de transformar.
Se olharmos nosso planeta com os olhos do tempo veríamos que hoje, a paisagem transformada é superior a paisagem primitiva.
O homem transformou tudo e bagunçou com tudo também.
Regrou terras inférteis, secou pântanos, subiu montanhas, ocupou desertos. Fez cidades e países cheios de gente que moram em outras transformações sobrenaturais que chamamos casas, ou apartamentos.
Com o advento da agricultura, nas comunidades mesolíticas surgiram coletividades que dividiam o trabalho por sexo e idade. Havia as tarefas para os homens, como preparar e limpar a terra cultivada de tudo que fosse inútil ao plantio e tarefas para as mulheres, como lançar a semente ao solo e depois colher o resultado.
Tudo era tão bem dividido e honesto que os historiadores chamam de “comunismo primitivo”.
Mas o tempo foi passando e o homem evoluindo (?).
Na Idade dos Metais, com o crescimento da população, surgem tarefas específicas. Surgem os especialistas. Militar, governo, comerciante, etc., e essa especialização deu origem as classes sociais.
Os indivíduos se apropriaram dos meios de produção e relegaram as indivíduas a uma situação de inferioridade social.
Não foi pela força que o homem se tornou senhor e a mulher satélite. Foi pela apropriação, da tecnologia (ferramentas) e da propriedade privada.
O comunismo primitivo e a divisão das tarefas por sexo e idades deram lugar a sociedades mais evoluídas sendo nelas o trabalho dividido de acordo com a especialização enquanto a posse deu origem a propriedade privada e as diferenças sociais.
A mulher, portanto, foi a primeira vítima da ideia de tornar as coisas de todos, algo de alguém.
Aliás, uma péssima ideia.
Outra ideia revolucionária foi a religião.
Como o homem não sabia de quase nada dos fenômenos naturais, criava deuses para explicar esses fenômenos.
Quanto mais descobertas mais deuses, e como o homem não parava de descobrir, a lotação de deuses foi inchando e tornando-se difícil lembrar das preferências de cada um deles e de suas “individualidades”.
Surgiu assim o clero, o sacerdote, o indivíduo que parou de produzir qualquer coisa útil para se tornar especialista em divindades, culto, exigências dos deuses e destino.
Foi outra apropriação indébita, a da fé pública que se tornou fé privada.
Foi então que as indivíduas, percebendo que os indivíduos usariam a posse dos meios de produção para explora-las, fizeram a terceira grande revolução humana, inventaram o amor.
Mas essa, já é outra história.
Prof. Péricles
E nunca mais parou de descobrir.
Foi o fogo que fez com que os indivíduos e indivíduas dos grupos sentassem lado a lado para se aquecer. Descobriram a prosa, e provavelmente, também foi quando nasceu a mentira.
Não precisar ficar olhando para todos os lados para não ser surpreendido pelos predadores (os animais temiam o fogo) permitiu que ele olhasse outras coisas, como a menina ao lado.
Foi quando nasceu o namoro.
Sem medo de surpresas indivíduo e indivídua puderam se dedicar a um sexo mais elaborado, abandonando a velha rapidinha e nesse fogo foi possível sobreviver a era glacial.
Sem dúvida o fogo foi revolucionário. A primeira grande revolução humana.
Quando o homem inventou a roda, inventou também outras coisas que vieram juntas.
E nunca mais parou de inventar.
O menor esforço para levar pesos a longas distâncias possibilitou o surgimento da pressa, e, em pouco tempo havia uma disputa entre os indivíduos de quem fazia a melhor e mais competente roda para impressionar as indivíduas.
Nasceu assim a ostentação e o Magal sem som, porque o rádio ainda levaria um tempo para ser inventado.
A descoberta da agricultura foi a segunda grande revolução humana.
Produzir o próprio alimento tornava o homem um produtor, o único do ecossistema planetário e superior aos demais animais eternamente dependentes da caça e da coleta.
O homem deixou de ser dependente do meio para virar um transformador do meio.
E nunca mais deixou de transformar.
Se olharmos nosso planeta com os olhos do tempo veríamos que hoje, a paisagem transformada é superior a paisagem primitiva.
O homem transformou tudo e bagunçou com tudo também.
Regrou terras inférteis, secou pântanos, subiu montanhas, ocupou desertos. Fez cidades e países cheios de gente que moram em outras transformações sobrenaturais que chamamos casas, ou apartamentos.
Com o advento da agricultura, nas comunidades mesolíticas surgiram coletividades que dividiam o trabalho por sexo e idade. Havia as tarefas para os homens, como preparar e limpar a terra cultivada de tudo que fosse inútil ao plantio e tarefas para as mulheres, como lançar a semente ao solo e depois colher o resultado.
Tudo era tão bem dividido e honesto que os historiadores chamam de “comunismo primitivo”.
Mas o tempo foi passando e o homem evoluindo (?).
Na Idade dos Metais, com o crescimento da população, surgem tarefas específicas. Surgem os especialistas. Militar, governo, comerciante, etc., e essa especialização deu origem as classes sociais.
Os indivíduos se apropriaram dos meios de produção e relegaram as indivíduas a uma situação de inferioridade social.
Não foi pela força que o homem se tornou senhor e a mulher satélite. Foi pela apropriação, da tecnologia (ferramentas) e da propriedade privada.
O comunismo primitivo e a divisão das tarefas por sexo e idades deram lugar a sociedades mais evoluídas sendo nelas o trabalho dividido de acordo com a especialização enquanto a posse deu origem a propriedade privada e as diferenças sociais.
A mulher, portanto, foi a primeira vítima da ideia de tornar as coisas de todos, algo de alguém.
Aliás, uma péssima ideia.
Outra ideia revolucionária foi a religião.
Como o homem não sabia de quase nada dos fenômenos naturais, criava deuses para explicar esses fenômenos.
Quanto mais descobertas mais deuses, e como o homem não parava de descobrir, a lotação de deuses foi inchando e tornando-se difícil lembrar das preferências de cada um deles e de suas “individualidades”.
Surgiu assim o clero, o sacerdote, o indivíduo que parou de produzir qualquer coisa útil para se tornar especialista em divindades, culto, exigências dos deuses e destino.
Foi outra apropriação indébita, a da fé pública que se tornou fé privada.
Foi então que as indivíduas, percebendo que os indivíduos usariam a posse dos meios de produção para explora-las, fizeram a terceira grande revolução humana, inventaram o amor.
Mas essa, já é outra história.
Prof. Péricles
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