quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TELECOMUNICAÇÕES: O TAMANHO DO BURACO

Por: Mauro Santayana

Segundo O Estado de S. Paulo, as empresas de telefonia que operam no Brasil tiveram uma expansão de sua receita em 8,3% ao ano, desde 2005, e só reinvestiram 3% ao ano, no mesmo período. Mais grave ainda é a revelação de que, desde a privatização do sistema Telebrás, em 1998, as empresas investiram 390 bilhões, contra uma receita calculada em quase dois trilhões de reais. Esse número é obtido pela informação dos dois principais dirigentes da Oi e da Vivo, de que foram investidos mais ou menos 20% da receita total. Se os investimentos foram de 390 bilhões, basta multiplicar por cinco, para obter a receita total destes 14 anos. É bom lembrar que boa parte dos investimentos foram bancados pelo BNDES, a juros de mãe amorosa.

O Brasil é o paraíso dos investidores estrangeiros, nesse sistema de colonialismo dissimulado. Há poucos dias, outro jornal, O Globo, divulgava que as montadoras de automóveis lucram 3 vezes mais em nosso país do que nos Estados Unidos. A margem de lucro dessas empresas, no Brasil, é de 10%, enquanto nos Estados Unidos não passa de 3%. E não só nos Estados Unidos os carros são muito mais baratos. Há modelos que custam duas vezes mais no Brasil do que na França, e 30% mais barato ali mesmo, na Argentina.

A defesa do interesse nacional recomenda medidas mais fortes de parte do Estado. O governo, no entanto, caminha lentamente. A restauração da Telebrás, iniciada timidamente, timidamente se desenvolve. Há visível desinteresse do Ministro Paulo Bernardo em dar à velha empresa nacional os instrumentos de sua reorganização e funcionamento, para a universalização da banda larga no país.

A privatização das empresas estatais brasileiras foi decidida, como todos sabemos, em Washington, com a articulação dos economistas neoliberais, no famoso Consenso, que não ouviu os povos, nem examinou criteriosamente os efeitos da globalização exacerbada da economia. Como se recorda, o objetivo, claro e desaforado, da nova ordem que propunham era o de acabar com a democracia política e sua substituição por um governo de gerentes a serviço do sistema financeiro mundial. Nesse sentido, chegou-se a um Acordo Mundial de Investimentos que, simplesmente, colocava o dinheiro sem pátria acima dos estados nacionais. Muitas das cláusulas desse acordo foram cumpridas pelo governo neoliberal de então. E só a reação da França e do Canadá impediu que o tratado espúrio fosse assinado, oficialmente, pelos governos vassalos daquela época, entre eles, o do Brasil.

Hoje, os mais lúcidos economistas do mundo demonstram o erro cometido pelos países que privatizaram suas grandes empresas. Entre eles, dois prêmios Nobel – Joseph Stiglitz e Paul Krugman.

Se a privatização fosse realmente uma vantagem, os Estados Unidos já teriam privatizado a TVA – fundada por Roosevelt, em 1933 – e a Amtrak.

TEXTO RETIRADO DESTE ENDEREÇO:

4 comentários:

  1. Aqui embaixo, nos porões do estado brasileiro, só chegam notícias distorcidas, muitas delas grandes mentiras que servem para adormecer ainda mais o Povo pobre duma Nação tão rica!
    No campo das telecomunicações a embromação vinha dos tempos da ditadura militar e talvez antes, pois naqueles tempos, as telecomunicações estavam em franca evolução lá fora, mas com a coroação do príncipe dos traidores da Pátria, o letrado FHC, reles lacaio do imperialismo yankee, o Brasil foi devastado por uma onda de privatizações criminosas, verdadeiras roubalheiras das nossas riquezas e entrega de empresas vitais ao controle da vida nacional como a Embratel, a controladora das telecomunicações nacionais. Uma das grandes mentiras que tinham a finalidade de iludir o Povo perante tantas privatizações selvagens, foi a grande facilidade de acesso a linhas telefónicas e o barateamento das mesmas. De fato, as concessionárias de telefonia fixa e móvel, espalharam linhas telefónicas a esmo que pela fartura, adormeceram o Povo faminto de comunicar-se, nem se apercebendo do peso das taxas que foram crescendo, foi e continua sendo espoliado hoje com taxas desonestas que formam os lucros bilionários de todas as teles, a maior parte dos quais são remetidos para os países dessas empresas, não respeitando os contratos de concessão que firmaram com o governo brasileiro de então. As quantias que investem estão muito abaixo das nossas necessidades de desenvolvimento e, por incrível que pareça, são provenientes de empréstimos obtidos junto do BNDES! O governo não está fiscalizando estas empresas e deixando que elas burlem seus assinantes, muitos deles sem opção de escolha, são obrigados a aturar os desmandos das teles, como é muito patente na Banda Larga que elas colocam à disposição da grande maioria de seus assinantes. Aos mais ricos, as teles servem bem, mas aos pobres é verdadeiro acinte que o ministro das comunicações, Paulo Bernardo Silva finge ignorar quando faz acordos com elas, teles, permitindo que os assinantes continuem sendo burlados!

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  2. Olá, tudo bem? A privatização na área de telecomunicação no Brasil foi acertada... Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net

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    1. Acertada pra quem? Pagamos as maiores taxas telefônica do mundo, o serviço não tem boa qualidade, em algumas cidades estão retirando os orelhões (não cumprem o contrato de concessão), Basta vê que são as empresas com o maior número de reclamações no PROCOM!!!! E ainda tem o porblmea que não investem no Brasil, ganham fortunas e levam para o exterior!!!!!

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  3. O HENRY KISSINGER ja afirmava com outras palavras que PARA MANTER O PADRAO DOS PAISES DESENVOLVIDOS SO MESMO COM A EXPLORACAO DOS OTARIOS SUBDESENVOLVIDOS ....

    teve a privataria tucana, tem o niobio do brasil agora a bola da vez é o PETROLEO DO PRE-SAL ESTE NO VALOR DE TRILHOES ... sem falar na parte estrategica .....

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