É muito
comum se criticar ao nosso governo referente a nossa dívida
(Interna e externa). Mas, será que a grande maioria dos brasileiros
sabem como surgiu a Dívida do Estado Brasileiro?
Quando a
Família Real Portuguesa veio para o Brasil, fugindo da Invasão
Napoleônica, junto foi trazida a Dívida contraída pela Casa Real
Portuguesa, que era devedora junto ao Império Inglês.
Para a
independência do Estado Brasileiro ser aceita, tivemos que assumir a
dívida da Casa Real Portuguesa (é a chamada Herança Maldita), ou
seja, compramos a nossa independência por um valor na ordem de 1,3
milhões de Libras Esterlinas, que na época, correspondia a cerca de
30% de nossas exportações.
Embora o
Brasil adquirisse (ou comprado) a independência, toda a Estrutura
Política, Social e Econômica foram mantidas de maneira igual a
época que era colônia. Os escravos continuaram escravos e os
senhores de engenhos continuaram senhores de engenho.
O novo
império (O Brasil) surgido precisava quitar a dívida assumida e as
novas despesas surgidas e para isso teve que tomar mais empréstimos.
Durante o Período Imperial Brasileiro foram contraídos 17
empréstimos.
De todo o
dinheiro emprestado, 40% foram para pagar dívidas antigas, cobrir
comissões de credores e intermediários ( a maioria dos empréstimos
foram intermediados pela casa bancária Rothschild & Sons). O
restante (60%) vieram para o Brasil em forma de bens – equipamentos
militar, provisões, produtos têxteis e ferragens, ou seja, o
dinheiro nunca chegou ao Brasil.
Hoje, o Brasil não tem mais a chamada Dívida Externa, parte foi paga e
outra foi transformada em Dívida Interna (por sinal gigantesca) clique aqui. E
desde aquela época, os empréstimos sempre beneficiou e continuam
beneficiando os que controlavam e controlam a máquina do governo, só
que a conta é para ser paga por todos que tenham ou não sido
beneficiados.
Reinaldo Gonçalves e Valter Pomar, O BRASIL ENDIVIDADO, Editora Fundação Perseu Abramo
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